sábado, 10 de setembro de 2011

Quinto capitulo:
Juviê Svard



            - NÃ ENCOSTE EM MIM DENOVO!- Gritou Juviê, com raiva nos olhos.
            - Mas eu não fiz nada!- Rebateu Lilith, assustada.
            O corredor permanecia vazio, exceto pela presença de Lilith e Juviê. Juviê estava deitada no meio do corredor, e Lilith de frente para a garota.
            - O que significa isso, Lilith?- Soou a voz de uma pessoa que virava o corredor naquela hora: Rinnever.
            - Não é nada, coloridinha. – Falou Lilith, olhando para a parede.
            - Olha como você fala comigo, garota! O que minha irmã nerd fez contigo?- Falou Rinnever, olhando para Juviê.
            - E-Ela me bateu, e-e conjurrou uma magia que eu desconheço parra me parrarr.
            - Lilith só faria isso se você tivesse feito uma coisa muito desconfortante.
            - Eu... – Juviê foi interrompida por Sra. Fringuelaw, seguida de Saya, Ken e Swimmpow.
            - Juviê está certa. Lilith, errada. – Falou Fringuelaw.
            - Mas diretora, a senhora não tem provas. – Reclamou Rinnever.
            - Srta. Stommp, você sabe muito bem sobre o meu sistema de monitoramento da escola.
            - Sim senhora. – Disse Rinnever, abaixando a cabeça.
            - O que a senhora vai fazer?- Perguntou Ken.
            - Saya. Ken. Vocês sabem usar o leque e a espada?- Perguntou Sra. Fringuelaw.
            - Mais ou menos, só se passaram duas semanas das aulas de armamento, mas eu sei usar uns dois golpes com o leque. – Respondeu Saya.
            - Eu também. – Disse Ken.
            - Bom... DETENÇÃO PARA TODAS AS QUATRO!- Gritou Sra. Fringuelaw.
            - O QUÊ?!- Gritaram as quatro garotas ao mesmo tempo, enquanto Sra. Fringuelaw estava de costas.
            - Quem ousa gritar comigo?
            - Ninguém, Sra. Fringuelaw. Mas, uma pergunta. – Disse Lilith.
            - Fale.
            - Nós iremos cumprir a detenção juntas ou separadas?
            - Juntas, é claro! E, por causa da ofensa no momento anterior, serão duas detenções.
...
            Enquanto as garotas andam pelo corredor 6C:
- Então existe uma sala de detenções?- Perguntou Saya.
            - Sim. Nossa! Você não leu nenhum livro sobre a escola nessas três semanas?- Perguntou Lilith, indignada.
            Todas olhavam para Saya, que olhava para Ken, que sussurrava: “Eu li”.
            A Sala de Detenções tinha uma portinha vermelha com uma janela gradeada e com cortina branca tampando a janela. Lilith abriu a portinha.
            - Nossa!- Disse Saya.
            Por dentro, a Sala de Detenções era enorme e retangular, no centro, havia vários bancos de espera e envolta de toda a sala tem uma série de cabines com uma janelinha, parecendo a cabine de cinemas. Também havia umas quatro pessoas, duas esperando no banco, e duas em pé, de frente para as cabines, conversando com as pessoas dentro das mesmas.
            - Já que nós vamos cumprir detenção juntas. Sentem-se e esperem. – Falou Rinnever.
            Todas as garotas sentaram em bancos um do lado do outro, mas Juviê ficou com cara de nojo, olhando para o banco vermelho vivo do lado de Ken.
            - Qué nojo! Eu, não sento nesse banco sujo todo manchado de sangue. – Falou Juviê.
            - Você é burra? Isso é tinta vermelha, e o banco está perfeitamente limpo pro meu gosto. – Resmungou Ken.
            - Você me chamou de que, garrota?
            - De burra. E daí?- Anunciou Ken.
            - Sua...
            - Cabine 8. Vaga.
            Juviê e Ken estavam com a cara perto o suficiente para pensar, em um olhar rápido, que estavam se beijando. Porém estavam se encarando, e só faltava o soar do sino para que as duas se atacassem. Lilith, em um instante, apareceu no meio das duas.
            - Já chega! É a nossa vez.
            Todas foram andando até a cabine 8. Juviê e Ken ainda se encaravam. Rinnever se apressou e foi a primeira a chegar.
            - Olá. Detenção conjunta dupla. Alunas: Rinnever Stommp, Lilth Stommp, Saya Rippel, Ken Thiele e... e... Qual é o seu nome mesmo, rosinha?- Perguntou Rinnever, olhando para Juviê.
            - Meu, nome...? Meu nome é Juviê Svarrd.
            - Bom, continuando... Alunas: Rinnever Stommp, Lilith Stommp, Saya Rippel, Ken Thiele e Juviê Svard. Nota: Srta. Svard é aluna nova à um dia.
            - Bom dia. Tudo registrado. Sra. Fringuelaw me avisou sobre o estado de detenção dupla. A primeira detenção de vocês será essa: - A mulher passou pela janelinha, um folheto do tamanho da mão de Rinnever.
            Nele estava escrito:
            A primeira tarefa/detenção de vocês será limpar todo o corredor 3C - ala B.
            - Mas esse é o corredor mais sujo da escola!- Reclama Lilith.
            - E onde é que fica?- Pergunta Saya.
            - A ala B é um corredor que fica do outro lado da escola, ou seja, na parte dos meninos. – Explica Rinnever.
            - Ah! Meninos! Adorrei essa detenção!- Grita Juviê.
            - Não, não, não! Você vai se comportar. – Fala Lilith.
            - Tá, tá!
...
            O corredor 3C – ala B era extremamente sujo, papel, garrafa pet e dois litros, casca de fruta, pote de guloseima, papel de doce e entre outros.
            - Isso é um... NOJO!- Grita Saya.
            - Calma, veja pelo lado bom, o tapete daqui é vermelho. – Fala Lilith.
            - Mas o chão está preto.
            - Isso aí. Esse é o lado bom.
            - Tá bom, e cadê a Juviê?- Pergunta Ken.
            - Mais ela já se mandou?!
            - Não me mandei não. Eu estou aqui. – Fala Juviê de trás delas. A garota estava com três garotos abraçando ela. – Só que eu não quero limpar esse... esse negócio.
            - Você vai limpar sim!- Gritou Lilith.
            - E quem...
            - Nijem!- Gritou Lilith antes de Juviê fazer quaisquer coisa sobre o corredor. – Vai limpar sim, e ponto final!
            - O que você fez?- Pergunta Saya.
            - Essa magia faz a pessoa ficar muda. Agora, vamos!
            Demorou três horas e trinta minutos, exatamente, para limpar o corredor inteiro. A única sorte era que elas começaram o trabalho duro às 07:00 a.m. e o resto do dia elas iriam ficar descansando para a próxima tarefa no dia seguinte. Mas antes de sair de Ala B, Juviê aprontou mais uma...
            - Juviê! Juviê!- Gritou Ken.
            - Meu Deus! Toda hora ela some!- Reclama Rinnever – Quando eu encontrar essa garota, ela vai ter a pior surra que já teve!
            Depois da fala de Rinnever, Uma voz ecoou do quarto 205. Era a voz de Juviê.
            - Não, não, não. Eu prreciso irr embôrra. Senão as minhas rrivais vão chegarr e me darr uma brronca feia.
            - Ah! Por favor, só mais uma vez. – Ecoou outra voz de dentro do quarto, mas dessa vez era de um garoto. – Eu tenho mais uma aqui.
            As quatro garotas ficaram atrás da porta, só ouvindo a conversa íntima ( bem íntima mesmo!) do casal.
            - Eu vou abrir. – Sussurrou Ken.
            Saya e Lilith estavam fazendo “não” com a cabeça.
            - Eu te ajudo. – Sussurrou Rinnever. E Ken fez que “sim” com e cabeça.
            As duas abriram a porta na hora em que Juviê aceitou fazer mais uma vez com o garoto.
            O garoto, tinha cabelos pretos, era robusto, usava camisa branca meio rasgada e com parte do seu peito aparecendo, os músculos pareciam saltar da camisa. Olhos castanhos claro e pele morena. Ele usava uma sunga Box azul, com uma costura vermelha escrita à mão: Shouter. Juviê estava deitada encima de Shouter, beijando-o na boca, ele, estava abraçado ela na cintura.
            - Vamos parar com isso agora!- Gritou Ken. – Você não tem vergonha não, Juviê?
            - Não... Peraí, sim!- A garota deu um salto ara o chão e se levantou o mais rápido que pôde. – Já vamos embora?
            - Quem são elas, amor?- Perguntou Shouter.
            - Sim, já vamos embora, e não é da sua conta quem somos. Nos tele transporte daqui, Lilith. – Falou Rinnever.
            - S-Sim. Teleport!- Recitou Lilith.
            A nuvem roxa apareceu de novo em volta das garotas. Numa hora estavam no quarto de Shouter, em outra, apareceram no pátio central da Ala A da escola.
            - Eu vou dormir! Senão eu não vou ter consentimento dos meus atos. – Falou Ken.
            - Mas ele era meu namorado!- Gritou Juviê.
            - Tô nem aí.
...

No dia seguinte, Saya se atrasou para chegar a Sala de Detenções, pois, se perdeu. Quando chegou na sala, todas as outras já estavam lá, mas estavam com os olhos vidrados no papel branco do tamanho da mão de Rinnever.
            - Desculpa gente, me perdi. O que aconteceu?
            Ela andou até o grupo e leu:
            A segunda tarefa/detenção do grupo será cuidar por uma semana, das crianças (mistas) que vieram de uma excursão de outra escola. Vocês terão que ajuda-los a lutar com as armas do arsenal todo dia(7 dias) , das 09:00 às 10:30. Começando no dia de segunda-feira.
            - Tomar conta de crrianças?! Que tédio. – Reclamou Juviê.
            - Pelo menos não é mexer com coisas nojentas. – Falou Ken.
            - É mesmo. Sabe, além de durrona você é inteligente também. – Falou Juviê.
            - O que?!
            - Já chega! Parem de brigar só por uma semana!- Gritou Lilith. – Só uma semana! Está bem?
            - Sim. – Responderam Ken e Juviê, juntas.
            - Então, amanhã, nós vamos cuidar de crianças educadas e legais. Pois, elas vão vir de outra escola. – Opinou Rinnever.
            - Como você tem tanta certeza?- Perguntou Saya.
            - Não sei, só sei que sei.
...
                Dia 1
            Saya, Ken e Lilith saíram ás 08:40 da manhã e arrumaram toda a enorme quadra. Ela tinha vários tatames azuis por todos os cantos, o teto era de concreto transparente. Também tinha um armário de madeira vermelha de cinco metros de largura e altura. A área da quadra era mais ou menos de 200X400 de largura e 250 metros de altura.
            Rinnever e Juviê chegaram logo depois, e ajudaram a arrumar o resto dos tatames. Depois de arrumada, a quadra estava pronta e preparada para a chegada das crianças.
            - Quando que elas vão... – No momento que Ken ia terminar sua frase, as portas da quadras se abrem, e 41 crianças entram gritando e correndo em direção as garotas aterrorizadas com a cena que viam.
            Elas não paravam de gritar para as crianças se acalmassem. Exceto uma: Juviê. Foram cinco minutos de gritaria, até que a garota não agüentava mais.
            - CALEM A BOCA E DEIXEM A GENTE FALARR!- Berrou a garota, com os nervos a flor da pele.
            Todas as 41 crianças pararam de conversar e olharam para o grupo de cinco garotas. E lilith começou.
            - Obrigada Juviê. Agora, escolham uma de nós para que possamos dividir esse grupo por estilo de arma vocês querem empenhar. Eu, vou ensinar como se luta com materiais médicos, como bisturi e agulhas envenenadas.
            - Eu, técnica de empenhamento e luta com espada. – Falou Ken.
            - Luta e desempenho de leque gigante de luta de vento. – Disse Saya, apoiando o braço esquerdo no leque nas costas dela.
            - Vou ensinar como se manejar e lutar com um guan dao. – Falou Rinnever.
            Juviê estava olhando as unhas quando as crianças olharam para ela.
            - Podem escolherr. Se não quiserrem nenhum desses outrros trrecos, podem fazerr a fila na minha frente porr favorr.
            Pelo menos ela falou “por favor”. Pensou Saya.
            Das 41 crianças, 10 formaram uma fila de frente para Lilith, 10 de frente para Saya, 10 para Rinnever, 10 para Ken e uma garota de cabelos marrons, pele branca e olhos verdes ficou de frente para Juviê. Ela usava um short cinza que ia até os joelhos, uma blusa azul de manga azul e jaquetinha cinza.
            - O que foi?- Perguntou Juviê, aterrorizada.
            - V-Você falou que q-quem n-não quiser fazer nenhumas d-das outras c-coisas, para i-ir até v-você.
            - Ah, é! Mas não sabia que alguém não irria querrerr as outrras. Que tal a espada? Você não querr aprrenderr a lutarr com espada?
            - N-Não.
            - Leque?
            - N-Não.
            - Pare agora senão eu te mato aqui e agora. Você vai ensinar esta garota, sim! Entendeu?- Sussurrou Ken no ouvido de Juviê. Que fez “sim” com a cabeça. – Bom... Boa sorte!
            E Juviê voltou-se para a garota.
            - Bem... Qual é o seu nome?- Perguntou sorridente.
            - L-Lirina Hoolk.
            - Porr que gaguejas tanto?
            - E-Eu sou m-muito tímida.
            - Hi-hi-hi! Qué peninha!- Falou Juviê, rindo, colocando a mão na frente da boca. Lirina baixou a cabeça e começou a chorar.
            - M-Me desculpe! E-Eu não queria... – E antes de terminar a frase, saiu correndo e gritou: - Eu não quero mais ter aula.
            -... Tá...
            Enquanto todas as outras ensinavam suas técnicas de luta, Juviê ficou sentada em uma cadeira de praia roxa e rosa, lendo a revista: “Chique&Cia”. Rinnever viu e foi até ela.
            - O que você acha que está fazendo?
            - Lendo.
            - Cadê sua aluna?
            - Não sei. Ela falou que não querria mais fazerr aula.
            - Mas ela está chorando, ali por quê?
            - Ela está, o quê?
            Lirina estava sentada em um banquinho, com os joelhos no rosto e cabeça baixa, tremendo.
            - Ela está só pensando. – Falou Juviê.
            - Você é desprezível.
            - Obrrigada.
            - Vai lá e vê se tem alguma coisa com ela.
            - É clarro que tem, ela está chorrando.
            - Então vai lá, senão, eu chamo a Ken.
            Juviê arregalou os olhos.
            - Está bem, eu vou.
            A garota se levantou da cadeira e jogou a revista encima da mesma. Andou até o banquinho e se sentou ao lado de Lirina.
            - Eu acho que você devia se aprroximarr mais das crrianças. – Lirina levantou a cabeça e ficou olhando para a parede do outro lado d quadra, mas falava com Juviê
            - Eu não devia, não.
            - Porr quê, essa teimosia?
            - Meus pais falam que eu sou especial.
            - Especial, como?
            - Porque eu tenho isto. – Ela tirou do bolso da frente da jaquetinha cinza, uma caixinha pequena, do tamanho da mão da garota. Juviê, na hora, já soube o que era só de vista, e ficou abismada.
            - Isto é uma caixa de carrtas?
            - Sim, você conhece?
            - Clarro! Eu sou uma Mestrre de Carrtas!
            Os olhos verdes de Lirina brilharam ao final da frase. O sorriso da garota parecia ter ido de ponta a ponta de cada orelha.
            - Você sabe usar suas carrtas?- Perguntou Juviê.
            - Não. Eu só tenho 14 cartas, e 12 delas são a lendárias cartas dos doze deuses.
            - DOZE DEUSES?!
            Todo mundo na quadra olhou para as garotas.
            - Vão cuidarr das suas vidinhas chatas, que eu estou converrsando. – Todos se viraram e começaram a fazer o que estava fazendo antes do grito. – Como assim, os doze deuses?
            - Meus pais são pesquisadores, eles demoraram três anos para juntar todas elas. – Explicou Lirina. – Por isso que eu me distancio, e também nunca vi um Mestre de cartas antes, para me ensinar.
            - Eu também não. Aprrendi sozinha. – Juviê ficou olhando para os cabelos curtos e marrons de Lirina, eles brilhavam quando o sol batia neles. Ela sorriu e Lirina sorriu de volta. – Agorra vamos!
            - Fazer o quê?
            - Eu vou te ensinarr a usarr o poderr das suas carrtas.
            - Mas já acabou a aula.
            - Então, amanhã.

            Dia 2
            Lirina e Juviê se encontraram no meio da quadra. Encima de um dos tatames azuis.
            - Um Mestrre de Carrtas tem trrês lições. Eu crriei todas elas. – Sussurrou Juviê. Se levantou, E fez o numero “1” com o dedo.  – Prrimeirro: Um Mestrre de Carrtas não depende só de carrtas para lutarr. Então, você tem que aprrenderr pelo menos um golpe. Mas o golpe que eu vou te ensinarr é o golpe mais forrte de todo O RReino.
            - Está bem.
            - Coloque sua mão dirreita no peito, em forrma de pata de tigrre, e a esquerrda segurrando o punho da dirreita, depois, estique o brraço dirreito, com a mão esquerrda agorra segurrando o seu cotovelo dirreito. Virre a mão parra cima e diga: Tigarr fist.
            Lirina fez o movimento e pronunciou a magia, mas nada aconteceu.
            - Tente várrias vezes, até você sentir que empurrou o arr, como um canhão.

               Dia 3 e 4
            Estes dias foram todos voltados para o treino de Lirina para aprimoramento do Tigar fist.
            Dia 5
            - Mestra, Mestra! Eu consegui, consegui!- Gritou Lirina, correndo em direção a Juviê
            - É sérrio?! Qué bom! Me mostrre.
            - Tá.
Lirina fez o movimento do golpe e pronunciou a magia. O ar parecia sair da mão da garota, se formou uma esfera que avançou na direção da parede e fez um buraco nela. Em alguns segundos, o buraco começou a se regenerar, e a parede voltar a ser o que ea antes da esfera explodir nela.
- Qué bom! Muito bom!- Falou Juviê, batendo palmas.
- Qual é o próximo passo?
- O Segundo passo é fazerr um esferra de arr e destrruirr alguma coisa com ela. Nota: Você já cumprriu. Parrabéns! Você conseguiu!
- E qual é o terceiro?
- O terrceiro passo é trreinarr com uma carrta a Essência. – Disse Juviê.
- O que é isso?
- É a magia mais forrte de uma carrta. Falando nisso, qual carrta você pode usarr, sem contarr com os deuses. Nota: Você não pode usarr, em nenhuma cirrcunstancia, essas carrtas.
- Além do deuses, eu tenho a Fênix e o Minotauro. – Falou Lirina.
- Então, usarremos o: Minotaurro.
- Tá. – Lirina tirou a caixinha do bolso, abriu, e pegou a primeira cara do bolo. Ela estendeu a carta para o alto. – Abra! Minotauro!- Gritou Lirina.
Todos olharam as fumaças roxas saindo da carta marrom com o desenho de um touro bípede de tanguinha e machado. A carta virava um minotauro real diante dos olhos de todos.
- Ótimo! Agora, tente fazer a Essência .
Lirina estava exausta só de ter invocado o Minotauro, que estava parado, olhando para frente.
- Essência!- Gritou ela.
O Minotauro começou a bufar e correr. Uma onda de energia vermelha saiu do chão debaixo da invocação e tomou forma de Minotauro, e seus chifres destruíram o teto de concreto transparente.
- Eu não agüento mais! Está doendo muito!- Gritou Lirina. O Minotauro começou a virar carta e a magia, se desfazer.
- O TETO ESTÁ CAÍNDO!- Gritou uma das crianças.
Era verdade. O teto transparente, quando se quebrava e caía, ficava visível e cinza como concreto. Blocos enormes caíam do teto.
Saya, Lilith e Rinnever estavam conduzindo seus grupos para as saídas de emergência. E Ken tentava ao máximo defender os seus alunos e os outros, mas os blocos eram muitos.
- Ken! Aqui!- Gritou Saya. A garota estava tirando as últimas crianças da quadra, quando um bloco de pedra caía sobre suas cabeças.
- Agora estou defendendo meus alunos, Saya! Não dá!- Gritou Ken.
- Então tá! Vjetar smicanja!- Pronunciou Saya, batendo o seu leque contra o vento. Os ventos foram direto para o bloco de pedra, rachando-o em vária partes. – Fifi, Ri, Nigh, Pow, formação!- Saya e as garotas formaram uma fila, uma do lado da outra. Todas começaram a lançar ventos cortantes, quebrando as pedras que caíam.
- Trenutna brzina!- Pronunciou Rinnever. O cabelo dela mudou de azul para vermelho. A magia fazia com que ela movesse tão rápido, que parecia estar se tele transportando. Rinnever ficou tirando o resto das crianças. Mas mais um bloco gigante caía, agora, encima de Lilith e seu grupo. Não dava pra nenhuma das outras a defender. Estava por conta da própria Lilith.
- Apsolutna obrana!- Pronunciou Lilith, estendendo o braço para cima. A barreira amarela envolveu a garota e seus alunos. O bloco caiu encima do campo de força e se quebrou no meio.
Um outro bloco estava caindo sobre Ken, mas ela estava muito distraída, protegendo duas garotas. Uma garota de cabelos longos e roxos claros, usando uma saia verde e blusa social branca com gravata florida verde, pulou em direção ao bloco.
- Não, Vithli!- Gritou Rinnever, olhando a garota saltando em direção ao bloco.
- Pravac dijeli!- Pronuncia Vithli. Uma linha reta verde passou no meio da pedra, quebrando-a no meio.
- Eu não vou agüentar essa magia por muito tempo! Eu usei muita energia ensinando os meus alunos a se defender! Me ajudem!- Gritou Lilith.
Depôs do grito desesperador de Lilith, o maior bloco caiu. Era enorme, o cupava a maior parte da quadra.
- Vjetar smicanja!- Pronunciou Saya e seus alunos.
- Pravac dijeli!- Gritou Ken e Vithli.
- Hiper pucati!- Disse Rinnever.
Todas mirando na enorme pedra. Mas nada aconteceu. Elas ficaram arrasadas e assustadas com o acontecido.
Do lado de fora da quadra. Lirina e Juviê estavam olhando a situação. Lirina chorava.
- Calma Lirrina. A culpa não foi sua. – Tentou, Juviê, acalmar Lirina.
- M-Mas foi c-culpa minha. – Choramingou a menina.
- Não foi. E eu tenho que fazerr alguma coisa.
Juviê andou até perto da quadra e pulou em direção do enorme bloco de pedra.
“Eu não tive forrça o suficiente parra chegarr até a pedrra.” –Pensou Juviê.
Logo depois do pensamento, a garota começou a perder altitude. Mais e mais. Até que uma onda de ar a leve de volta, em direção ao bloco. Juviê olha para trás e vê Lirina em posição de ataque. A garota lançou um Tigar fist para dar um “empurrãozinho” a Mestra.
Juviê se prepara e grita:
- Tigar fist!- Não saiu nada da mão da garota, mas quando encostou no bloco, o mesmo se fragmentou e se separou em milhões e milhões de pedrinhas.
...
Pouco a pouco, o desespero se dissipou, e o teto começou a se regenerar de novo.
- O que significa isso?- Perguntou Sra. Fringuelaw.
- A culpa foi toda minha, Srra. Frringuelaw.
- Sim, sim. – Disse a Sra., esfregando a mão na parede.
- Sra. a culpa foi nossa... – Saya foi interrompida pela diretora.
- Por a Srta. Svard ter manipulado a minha mente. Ensinado a uma criança despreparada a magia: Essência. E destruído parcialmente a quadra. Ela será expulsa!
Todas as pessoas em volta ficaram olhando a situação.
- Eu aceito a minha conseqüência. Qué peninha prra mim. Hi, hi, hi. – Falou Juviê com a mão tampando a boca e rindo, mas estava saindo lágrimas de seus olhos.
...
No quarto de Juviê, a garota arrumava suas malas. Saya, Ken e Lilith entraram no aposento.
- Você está bem?- Perguntou Ken, calmamente.
- Eu parreço bem, prra você?- Falou Juviê, chorando disfarçadamente.
- Eu sinto muito. – Falou Lilith.
- Porr que sente? Você me odiava.
- Não mais. – Confessou Lilith, chorando.
Juviê se virou para as garotas.
- Vocês forram as prrimeirras a chorrarr porr mim. – Chorou Juviê.
E elas se abraçaram.
...
Ao meio dia, um palco foi armado na quadra. Ele era vermelho, e tinha um microfone meio do palco.
Em algumas horas, a quadra estava cheia. De meninas e meninos. Sra. Fringuelaw começou fazendo um discurso rápido de como uma pessoa pode superar seus medos e, no final, falou as acusações de Juviê ser expulsa.
- Em sua defesa: Juviê Svard. – Pronunciou uma mulher ruiva de coque e óculos vestida de terno marrom, sentada ao lado, num banquinho do lado do microfone.
- Eu não vou me defenderr. – Como um mar, as pessoas sentadas fizeram “oh”. – É isso aí, pessoal. Eu fiz tudo errrado, e se tivesse como mudarr as coisas, eu mudava. Mas se eu mudasse, talvez não terria as prrimeiras e melhorres amigas que já tive, e, é clarro, um namorrado superr-gostosão. – Shouter levantou e começou a bater palmas. Ele, como Saya, Ken, Lilith, Rinnever, Lirina e Tsuki, estava na primeira fileira. O garoto que estava ao lado dele colocou a mão no rosto, desapontado, e puxou-o para se sentar na cadeira.
- Continuando... Eu, acima de tudo, tive o que qualquerr outrro não ia nem vai terr. Uma aluna exemplarr, espetacularr, inteligente, astuta, sagaz e poderrosa. – Lirina sorriu. – Bom... É isso aí pessoal. Foi bom enquanto durrou. Obrrigada. – Juviê desceu do palco com palmas e gritos alegres a seu favor. Um homem careca, negro, de terno preto, entregou suas malas.
            As novas amigas de Juviê a acompanharam até o barco. ( A escola é uma ilha).
            - Mas por que ela vai de barco?- Perguntou Saya.
            - Pois a entrada que vocês utilizaram, era a entrada secreta do diretor e alguns professores. Como ela é uma aluna, utiliza barco. – Explicou Lilith.
            O barco de madeira velha tinha dois banquinhos e um velho senhor de cabelos grisalhos, chapéu marrom e bata comprida também marrom, mas desbotada, ele carregava um remo.
            - Adeus, Mestra. – Disse Lirina, choramingando.
            - Isso não é um adeus. – Falou Juviê entrando no barco, se sentou, e virou para as amigas. – Boa sorrte. Se cuidem.
            - Como assim, “não é um adeus”?- Perguntou Lirina.
            - Essa garota é mesmo um mistério. – Falou Ken, sorrindo. – Agora vamos! Você tem que fazer suas malas.
            - Eu vou ficar. Vou estudar e me fortalecer, até eu ter idade para sair em uma missão e procurar Juviê, para traze-la de volta a escola.
            E as garotas seguiram para dentro da escola.
...
            Já estava noite, quando Juviê entrou em um castelo negro. Foi direto para uma sala com piso negro, brilhante à luz da lua. O lugar estava vazio, exceto pelo banco preto e a presença de Juviê e a de um ser de capuz vermelho virado de costas pra Juviê.
            - Senhorr, o alvo foi encontrrado e confirrmado, ela é muito forrte. – Explicou Juviê
            - A garota está intacta?- Perguntou o ser encapuzado com voz de homem. Era áspera e fria, só de falar a garota sentia arrepios na espinha.
            - Sim.
            - E as outras?
            - São forrtes, mas nem se comparram ao alvo. – Falou Juviê.
            - Qual é o nome dela? ... Filha.
            - Lilith Stommp... Senhorr Joujirrrouu... Meu pai.
            Juviê deu passo para frente.
            - V-Você nunca me chamou de f-filha antes.
            - Que ousadia!
            Joujirrouu se virou para Juviê, rapidamente, estendeu a mão e uma energia negra se formou envolta da mão do homem.
            - P-Pai, eu... M-e p-perdoe... – Suplicou Juviê, andando pra trás.
            - Pariti!- Um fogo negro saiu a mão de Jouirrouu e quando saiu, uma esfera se formou e foi direto para a garota.
            - Braniti!- Gritou a garota. Um campo de força rosa ficou na frente da magia, mas não adiantou, a esfera negra passou pelo campo de força, como se fosse nada.
            A magia atingiu Juviê, que caiu no chão. Pouco depois, Joujirrouu jogou o corpo de Juviê pela janela, que foi devorado pelas águas do lago negro ao lado do castelo.
...
            - Boa noite gente. – Falou Lilith, para Saya e Ken.
            - Nós temos que ir tomar banho, daqui a pouco voltamos. – Disse Saya, fechando a porta.
            - Está bem.
            Lilith se levantou, foi até a janela e olhou para a lua, branca e brilhante no céu escuro e azul cheio de estrelas.
            - Hoje, quando eu almocei, meus alunos vieram até mim e se despediam. Iam voltar as suas escolas natais, a única aluna que quis ficar por sua causa, foi a Lirina. Tomara que esteja bem... Juviê.
            Enquanto Lilith falava, o  corpo branco e frio de Juviê, boiava no lago negro do castelo.
Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário